sexta-feira, 24 de maio de 2013

Relógio de ouro, apitos de ouro, muito ouro, muito dourado

Portanto, o Valentim diz à mulher que não confia em Pinto da Costa, que ele tanto é o maior da montanha como é um traidor.

Pasma-se por receber um relógio de ouro, mas aceita-o, e mostra sentir-se em dívida por isso.

Comenta que o Durão Barroso, à data primeiro-ministro, também aceitou um desses relógios.

Comenta com a mulher uma série de peripécias, desde jogadores que Pinto da Costa contratou que outros clubes queriam contratar e ele não deixou, Boavista e Benfica inclusivé.

A mulher de Valentim diz que acha que o guarda-redes do Boavista William foi corrompido por Pinto da Costa para facilitar o FCP, diz ela "ninguém me tira essa ideia da cabeça".

Se a mulher do Valentim acredita que o Pinto da Costa é capaz de subornar jogadores para facilitarem o trabalho ao FCP (e ela saberá muito melhor do que nós do que é que o Pinto é capaz), imaginemos os milhares de trafulhices de que Pinto da Costa foi capaz ao longo de todos estes anos.




Um mérito eu não lhe retiro: o Pinto da Costa é extremamente inteligente e corajoso, para arriscar tudo o que arriscou. Percebeu as fragilidades que as pessoas têm (principalmente quererem dinheiro e poder) e aproveitou-se muito bem disso.
Comprou e compra árbitros, observadores, dirigentes, presidentes/dirigentes/treinadores/jogadores de outros clubes.
Não há dúvida de que tem dado muito dinheiro a ganhar a muita gente.
A trama que montou com o Oliveirinha foi muito bem montada.
Os presidentes e dirigentes de todos os clubes da primeira e segunda liga dependem todos do Oliveirinha e da trama montada pelo FCP. Todos esses presidentes e dirigentes sabem muito bem a quem têm de servir, a quem devem obdiência, a quem têm retribuir quando for preciso. Haverá sempre um jogador mais vulnerável, mais subornável, a quem exigir uma "habilidade", seja fazer-se expulsar, seja um auto-golo, seja deixar-se fintar num lance perigoso, etc., etc.
Estas dívidas e estas gratidões não se esgotam num ano, nem numa década. Estas gratidões e cumplicidades ficam para a vida, e enquanto não mudarem os protagonistas (ou seja, presidentes, directores, e por aí adiante), as simpatias e os favorecimentos mantêm-se.

O Valentim Loureiro e o seu filho, tal como João Bartolomeu do União de Leiria, tal como o Linhares do Salgueiros, tal como o e outros que tais, terão achado que podiam actuar como Pinto da Costa actua, e eventualmente terao tentado enfrentar o poder de Pinto da Costa. O Valentim, que mandava muito, terá achado que mandava mais. Mas ninguém manda mais que Pinto da Costa.
Valentins, Bartolomeus e Linhares perceberam, por caminhos avessos, que ninguém desfruta da imunidade legal de Pinto da Costa.

Pinto da Costa é o GENERAL MÁXIMO. Foi isso que lhe chamaram nas escutas, e é isso mesmo que ele é. Nem o General Valentim teve força para evitar o descalabro do Boavista. Na altura em que alguma coisa tinha de cair, caiu o Boavista porque o FCP do General Máximo nunca poderia cair.

O Valentim mandava e gritava, ameaçava, manipulava. Já o General Máximo fez isso mas fez mais: deu dinheiro a ganhar a muita gente.
Todos os que receberam do General Máximo lhe estão gratos e a ele lhe devem. Todos sabem que de onde o dinheiro vem, outro poderá vir. E todos sabem que têm muito mais a perder do que a ganhar em enfrentarem tamanho poder.

É por isso que falta dinheiro na tesouraria para o Basquetebol, e para outros basquetebóis: porque todo o dinheiro que se ganha desde há muito tempo nas transferências do futebol do FCP tem de ser distribuído por muitos e muitos súbditos, os Antónios Araújos desta vida, que fazem o trabalho sujo necessário para que todos se comportem como é desejável nos lados da cedofeita.


2 comentários:

  1. Muito obrigado pela visita e pelo estímulo. Foste o primeiro a comentar este blog recém-nascido que quer contribuir para um Benfica vencedor. Um abraço

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